[Morena Paiva em ensaio de A ordem e o movimento / foto: Marina Alves]
Optando por escrever uma carta endereçada a Morena Paiva, Raíssa Ralola encerra a série de relatos críticos sobre os espetáculos do Encontro CURIÔS. Na carta, Raíssa se aproxima do solo de Morena, A ordem e o movimento, através de um diálogo bastante honesto em torno das problemáticas emergentes a partir de noções de contemporaneidade, perferia-centro-periferia e gênero.
Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2012.
Cara Morena,
Tendo sido incubida da tarefa de escrita sobre seu trabalho, senti desafio. Morena, você me apertou (e essa frase dá um samba), me colocou dificuldades. Por longo período adiei o compromisso de escrita, pois sabia que, se de fato desejasse contribuir com seus processos, precisaria recorrer a referências externas. Precisaria recorrer a teóricos da arte para que me auxiliassem. Você me trouxe um campo de complexificações e, assim, definitivamente permitindo que agisse meu lado mais formal, deixei-me escolher pela carta. Escrevo para partilhar com você este campo que me afeta, e essa forma / formato “escolhido” vai destinar-se a estabelecer e a ampliar uma conversa iniciada no Encontro CURIÔS em agosto de 2012, na qual agrego seu espetáculo solo A ordem e o Movimento e sua proposta de oficina Dança Contemporânea Popular.
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